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Expedições Acauã 2011 – Expedição Bolívia (Salar de Uyuni / La Paz)


Expedições Acauã visitam Atacama no Chile e o salar de Uyuni, na Bolívia

Expedição foi cheia de aventuras em paisagens indéditas

Em 2006, um grupo de profissionais de comunicação de Ribeirão Preto se uniu em torno de um deal comum: viajar para locais pouco ou nada convencionais do Brasil e da América Latina, aproveitando, para isso, os festejos de Carnaval. Desde então, o grupo aumentou e a organização das viagens evoluiu.

Novos carros 4×4 passaram a integrar a comitiva e, com o apoio de parceiros, os expedicionários transformaram suas aventuras em trabalho, registrando as viagens em texto e fotos para compartilhá-los através do site ou em forma de exposições, montadas no Novo Shopping desde 2009. Uma característica dessa exposição é que os carros (normalmente dois veículos 4×4) também são expostos e apresentados aos visitantes, ainda “sujos” da própria viagem.

As expedições são realizadas sempre no período do Carnaval. Este ano, o destino foi o Salar de Uyuni, na Bolívia. Foram 8.546 km rodados em 15 dias de viagem e 25 cidades visitadas, média de 569,7 quilômetros por dia. “Uma loucura”, conta o jornalista Eduardo Ferrari. “Os destinos estão ficando cada vez mais longe e, a cada ano, temos que aumentar pelo menos mais dois dias na expedição. Costumamos brincar que nossa meta é conseguir nos aposentar e chegar aos trinta dias completos de viagem”, complementa.

No trajeto de 2011, nada de sobressaltos: um pneu furado no caminho, armazenamento de combustível para garantir os vários quilômetros sem posto de abastecimento no caminho, propinas para ‘autoridades’ aqui e acolá, uma parada de 40 minutos em um “pedágio” com um único funcionário, bloqueios de estradas por produtores, em campanha dos baixos preços pagos em seus produtos, mas, finalmente, o salar.

Entramos no Salar de Uyuni com os pneus dos carros submersos na água salgada. A impressão era de estar entrando em um mar de sal. Foi impressionante. O publicitário Roberto Rubio destacou a paisagem encontrada no salar. “O lugar é lindo, intenso e diferente. Lá você não consegue visualizar nada sem óculos de sol tamanha a luminosidade do ambiente”, conta o Rubio.

 

Custo de vida facilitou a viagem

Feita em dois carros onde se dividiam seis pessoas revezando a direção do veículo, a expedição custou cerca de RS 15.000,00. Isso porque os expedicionários foram favorecidos por alguns fatores, como a valorização da moeda brasileira, a escolha de um destino onde a gasolina é tabelada e a comida também é mais barata, segundo eles próprios.

Além do salar, La Paz, Potosi (cidade com a maior altitude do mundo), Sucre (declarada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco) e o sítio arqueológico de Tiwanaku, foram visitados. O grupo também fez uma breve passagem pelo Peru. A terra árida do Lago Titicaca apresenta flora e fauna únicas.

No caminho de volta, o deserto de Atacama, no Chile, foi outra parada dos aventureiros de Ribeirão Preto. No retorno para casa, os viajantes cruzaram o norte da Argentina, pelo chamado Paso Jama.

Em determinando momento da aventura, foi preciso partirmos às 4h da madrugada e pegar a estrada por causa da ameaça de bloqueio que poderia retardar a viagem.

“Só fomos dormir depois de 800 quilômetros rodados; foi um dia inteiro sem comer”, relembra o empresário Vitorio Cerruti, para quem a Bolívia se definiu com um país de contrastes. ‘De lá trago a impressão de um país muito rico em beleza natural e, ao mesmo tempo, muito pobre, místico e cheio de costumes”, completa.

Impressão semelhante trouxe Edson Ferrari Batista Santana que, desde menino, queria conhecer o Titicaca, o lago mais alto do mundo. “Essa viagem foi a realização de um sonho para mim, o lago é realmente lindo, mas a Bolívia não é só isso. O lugar, as pessoas, a paisagem, tudo é muito bonito.

Esse destino tem sido descoberto por brasileiros, orientais e europeus, mas os turistas habituados ao primeiro mundo sofrem, pois falta infraestrutura. Até água faltou na hospedagem, por conta dos cortes noturnos. Infelizmente também, há bastante lixo espalhado nas proximidades de patrimônios culturais”, conta.

O publicitário Fábio Simonetti afirmou que a Bolívia representou para ele um novo universo. “Um país de cultura e natureza ainda inexplorados, de um povo extremamente simpático e que preserva sua história de uma forma ímpar. isso faz com que cada lugar na Bolívia seja único. Lá, existe uma natureza ainda intocada, diferente do restante da América”, enfatiza o publicitário.

Para o ano que vem, as perspectivas do grupo são de uma expedição pelo Norte do Brasil. Ainda em análise, os destinos devem ser Amapá, as Guianas e Suriname, com retorno por Amazonas e Pará, com um trecho de barco até Manaus.

 

EXPEDIÇÕES ANTERIORES:

  • 2006: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e cidades históricas de Minas Gerais;
  • 2007: Parque Nacional do Jalapão (Tocantins);
  • 2008: Foz do Iguaçu (Paraná), Missiones (Argentina) e Parque Nacional dos Aparados da Serra (divisa do Paraná corn Santa Catarina);
  • 2009: Deserto do Atacama e Antotaguasta (Chile), passando por Assunção (Paraguai) e norte da Argentina;
  • 2010: Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu (Minas Gerais). Chapada Diamantina, Canudos e ilhéus (Bahia);
  • 2011: Salar de Uyuni (Bolívia), La Paz, Potosi, Sua-e co sítio arqueológico de Tiwanaku. No retomo, lago de Titicaca (Peru) e norte da Argentina www.expedicoesacaua.com.br

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